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Aves e mamíferos salvos da extinção nos últimos 30 anos

18 Mar, 2021
Aves e mamíferos salvos da extinção nos últimos 30 anos

Embora existam diversos animais presentes nas regiões brasileiras que poderão estar extintos nos próximos anos, temos a notícia animadora da confirmação de algumas espécies de aves e mamíferos que foram salvas da extinção nos últimos 30 anos!

Esses dados foram reunidos por um grupo de pesquisadores que analisou o impacto das ações de conservação desde a Eco-92, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, que contou com a presença de líderes globais para criar planos de promover um desenvolvimento sustentável.

Uma das metas estabelecia que, até o ano de 2020, fosse evitada a extinção de espécies ameaçadas, melhorando e mantendo seu status principalmente daquelas que estivessem com sua população em declínio.

Para analisar se o planejamento fora bem-sucedido, o grupo selecionou espécies de aves e mamíferos presentes na Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), nas categorias de: espécies ameaçadas, criticamente ameaçadas ou extintas na vida selvagem.

Foi apurado que as ações de conservação adotadas evitaram entre 21 a 32 extinções de aves e de 7 a 16 de mamíferos desde 1993; e entre 9 a 18 extinções de aves e de 2 a 7 de mamíferos até o ano de 2010.

Entre elas, temos cinco espécies de aves salvas da extinção que vivem no Brasil: o mutum-de-alagoas (Pauxi mitu), o mutum-de-bico-vermelho (Crax blumenbachii), a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari), a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) e a choquinha-de-alagoas (Myrmotherula snowi).

Apesar de parecerem números pequenos, os pesquisadores afirmam que essa é uma prova de que as medidas de conservação são eficazes e devem ser incentivadas ao redor do mundo, assim como o apoio a organizações não governamentais em prol dessa causa. Se nada tivesse sido feito, as taxas de extinção poderiam ter sido até 4,2 vezes mais altas!

As estratégias de preservação mais eficazes, levantadas por este estudo, foram atuar no controle de espécies invasoras, a conservação ex-situ (ou seja, ação realizada fora do lugar de origem da espécie, como a reprodução em cativeiro) e, é claro, a proteção de áreas naturais.

Como sabemos, algumas das causas que podem levar as espécies à extinção variam desde a perda de habitat, principalmente devido ao avanço agrícola, até práticas como caça e o tráfico ilegal, grandes inimigas da preservação consciente do meio ambiente.

Este levantamento comprova que ações de conservação coordenadas entre os diferentes setores da sociedade, como Criadores, Zoológicos e ONGs, e os governos ao redor do mundo, trazem soluções reais e positivas para o problema.

Além disso, os pesquisadores acreditam que o estudo realizado possa se tornar uma fonte científica importante para a elaboração de novas políticas de conservação a serem adotadas daqui pra frente.