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Década Internacional da Oceanografia para o Desenvolvimento Sustentável

08 Feb, 2019
Década Internacional da Oceanografia para o Desenvolvimento Sustentável

Sabendo da importância da preservação dos oceanos e da vida marinha, nós da NuTrópica iniciamos recentemente a Ação Planeta Verde, um alerta para a produção e consumo excessivo de matérias plásticos, que não são biodegradáveis. Uma vez nos mares, estes milhões de toneladas de material plástico são levados pelas correntes marítimas a lugares específicos dos oceanos e são acumulados em regiões de grandes extensões denominadas Ilhas ou Continentes de Lixo.

As Nações Unidas declararam nesse mês que entre 2021 e 2030 acontecerá a Década Internacional da Oceanografia para o Desenvolvimento Sustentável. As atividades lideradas pela Unesco têm o intuito de incentivar pesquisas e chamar atenção para a preservação dos oceanos e a gestão dos recursos naturais de zonas costeiras. A Comissão Intergovernamental Oceanográfica (IOC) da Unesco estimou que o investimento médio nacional em pesquisas oceanográficas varia de 0,04 a 4% atualmente.

O equilíbrio climático está diretamente ligado aos oceanos e nós ainda temos muito o que aprender sobre a imensidão de cada um deles. Para se ter uma ideia, estima-se que o ser humano explorou apenas 5% dos oceanos, sendo que eles cobrem 71% do planeta Terra.

A biodiversidade das áreas costeiras e marinha é responsável por gerar as necessidades básicas de cerca de 3 bilhões de pessoas, o que representa quase a metade da população mundial. Além disso, os mares são responsáveis por absorver um terço do gás carbônico produzido por humanos.

As pesquisas oceanográficas são bastante custosas, envolvem navios, veículos controlados remotamente, embarcações, robôs usados debaixo d'água e imagens geradas via satélite. Tudo isso faz com que algumas questões ainda carreguem dúvidas e falte consistência nas respostas, como por exemplo os reais efeitos da poluição, do aquecimento e da acidificação. Esse movimento terá como um dos principais objetivos aumentar as fontes de investimentos em pesquisas, principalmente para os países insulares em desenvolvimento e para os países menos desenvolvidos.